domingo, 30 de maio de 2010

COMO SE PROCESSA A MEMÓRIA

     Nosso sistema límbico é formado por regiões conhecidas como tálamo, hipotálamo, amígdala...  Dentre elas e internamente , o hipocampo  fica responsável pela memória a curto prazo e externamente, o córtex, responsável pela memória de longo prazo.  Assim, o sistema límbico se equivaleria à memória RAM de um micro, enquanto o córtex ao HD.
A memória RAM é de curto prazo (volátil) e com pouco espaço para armazenamento - memória provisória.  Suas informações não conseguem resistir a uma noite de sono.  No dia seguinte, tudo estará esquecido.  Por isso se faz necessário uma tomada de providências, afim de promover, por mais tempo, essas informações em sua memória.
Já o córtex (HD) pode conter uma  série de informações.  Porém, para manter registradas (salvas) as informações desejadas,  é necessário se estabelecer uma rotina que copia o conteúdo da memória RAM para o HD.
Se o computador for desligado, o conteúdo da memória RAM se perde, enquanto o do HD é mantido para uso posterior.
RAM & HD de seu cérebro
Como você já deve ter notado, enquanto todo mundo sabe "salvar" no micro, quase ninguém sabe "salvar" no cérebro!!!  Para poder aproveitar todo esse potencial, porém, você deve ser capaz de escrever em em seu córtex, tarefa nem sempre muito fácil.
Enquanto no computador a estrutura física (circúitos elétricos) fica praticamente inalterada, no cérebro humano uma informação apenas fica retida de maneira permanente se as ligações entre os neurônios forem alteradas.
Os neurônios se conectam através de regiões conhecidas como sinapses por meios de impulsos eletroquímicos.
Uma informção, portanto, apenas é transformada em conhecimento se as redes neurais do córtex forem reconfiguradas.  Isto é, sinapses devem ser desfeitas ou  refeitas, outras ativadas, dentritos morrem ou nascem.  Portanto, a estrutura física do cérebro deve ser alterada!
Durante o sono, alteram-se momentos de sono profundo, em que se sonha, e outros de  intensa atividade. É durante a fase do sonho que é feita a "manutenção"  de seu cérebro e também o momento do esvaziamento da memória RAM.  O sono é, portanto, a necessidade esvaziar a memória RAM.  Quem determina o que será salvo ou mantido será a carga emocional que aquela informação tem pra você. Isto é, se ao receber a informação você a fez de forma prazerosa, certamente ela será armazenada, caso contrário, esta será deletada.
Essas informações nunca mais serão recuperadas, a não ser que aja um preparo prévio durante o sono profundo, uma pequena fração do conteúdo da memória RAM será enviada para o córtex, reconfigurando redes neurais e sendo, assim gravada ("salva")de forma permanente.
Assim, se você consegue sentir prazer ao assistir às aulas diárias ou compreender o conteúdo dado, estes serão armazenados em seu córtex.  Estudo não é quantidade, mas qualidade.  Você não deve  estudar mais, você deve estudar melhor.
Assim, as aulas do dia devem ser estudadas no mesmo dia, antes que se passe uma noite de sono,  as informações serão armazenadas.
Concluindo, antes de ir dormir, revise o conteúdo dado durante o seu dia.  Não importa o horário em que isso aconteceu.  Estudar antes do sono, ele estará avisando seu cérebro de que aquele assunto foi alvo de atenção; consequentemente, não deverá ser jogado no lixo na hora de limpar o sistema límbico.
SE VOCÊ CRIAR ESSE HÁBITO (estudar pouco, mas TODO DIA) IRÁ VERIFICAR, EM POUCO TEMPO, QUE O QUE VOCÊ ESTUDOU NÃO FICARÁ RETIDO APENAS O TEMPO SUFICIENTE PARA SER DESCARREGADO NUM PAPEL NA HORA DA PROVA.
Texto adaptado: Pierluig Piazzi - Aprendendo Inteligência.

domingo, 21 de março de 2010

Que tal a vida eterna?


“Água-viva cria mecanismo para driblar a morte, preocupando cientistas”…

      A vida média dessas criaturas é de apenas  6 meses. Mas uma determinada espécie Turritopsis dohrnii conseguiu vencer a morte.  Esta criatura apresenta a incrível capacidade de rejuvenescer indefinidamente as próprias células, ou seja, tornam-se imortal. O que não significa que ela não possa morrer, por exemplo, sendo comida por uma Dermochelys coriacea ou popularmente chamada de tartaruga de couro. A imortalidade dessa água-viva é só para causas naturais como a velhice.
     O corpo das águas-vivas assume vários formatos durante a vida. Mas a dita cuja, Turritopsis dohrnii consegue fazer o processo ir ao contrário, rejuvenescendo quando se reproduz ou em momentos de crise, quando ferida ou em alimento.
     O único medo dos cientistas atualmente é que, como essa criatura pode pegar carona nas águas de lastro (água utilizada em navios de carga como contra-peso para que as embarcações mantenham a estabilidade e a integridade estrutural, é transportada de um país ao outro, e pode disseminar espécies "alienígenas" potencialmente perigosas e daninhas) , elas acabam parando em lugares que antes não existiam esses seres imortais, reproduzindo-se em excesso, causando um grande desequilíbrio ecológico, o que pode levar a extinçao de algumas espécies.
     Mas nem tudo é só desgraça, os cientistas também acreditam que ao decifrar os mecanismos de rejuvenescimento dessa água-viva possa levar a cura do câncer.


Como citado na Super: “Ésperar para ver - como boa highlander, a água-viva nã tem nenhuma pressa”.

sábado, 13 de março de 2010

BICHO-PLANTA, PODE?

    
     Aprendemos na escola que é característico da Sistemática uma dinâmica constante.  Que muitos critérios e modelos de classificação foram e são utilizados até hoje na classificação dos seres vivos.
Apesar das controvérsias, a classificação mais aceita, ainda hoje, é a de cinco reinos : monera, protoctista, fungi, animal e vegetal. 
     E o que dizer dessa descoberta?  Um animal-vegetal ou um vegetal-animal?  Trata-se de um grande feito de cientistas norte-americanos e da Coréia do Sul que descobriram um representante raro (Elysia chlorotica), uma espécie de molusco que "rouba" o DNA de algas e se transforma em híbrido: vive como animal, mas faz fotossíntese. 
     Isso é possível pois a lesma marinha de aproximadamente 3 cm “é a forma suprema de energia solar: come uma planta e torna-se fontossintética”. Este híbrido animal-planta gelatinoso de cor verde parece uma folha de árvore e conquista essa capacidade – que se mantém durante vários meses – com genes provenientes da alga que come, a Vaucheria litorea.

“estes organismos fascinantes podem transformar o próprio ensino dos princípios básicos da biologia”.

fonte: reportagem da Superinteressante (Mar/2010) e http://cienciactiva.wordpress.com/2009/02/